O Vale do Sabor, que se saiba, não é um rio verdadeiramente rupestre. Como o são o Côa, o Tejo, o Douro. Mas a espaços surgem, ainda que não em grandes concentrações, painéis com exemplos de arte rupestre de vários períodos. Por isso, a sua prospecção exigiria cuidados especiais. Para que tudo fique convenientemente registado antes da grande inundação.
Como exemplo de alguns desses tipos variados de vestígios rupestres, aqui deixo um painel com gravuras (singelas) da Idade do Ferro, semelhante a muitas das gravuras incisas existentes na envolvente da Foz do Côa, com as quais este conjunto tem evidentes paralelos tecnomorfológicos. E como no Côa são aqui dominantes as representações esteticamente pouco elaboradas de equídeos. Incisões com pátinas aparentemente frescas.
A arte da Idade do Ferro já era conhecida no Sabor, ainda que rara e em painéis esparsos. A primeira gravura deste período que aqui tínhamos identificado foi o mais esbelto cavalo da Fraga do Fojo num contexto com arte esquemática pintada, cronologicamente de um período anterior. Como o é o povoado que lhe está anexo.
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