terça-feira, 20 de julho de 2010

Ícones da arte rupestre portuguesa

Esta é a mais icónica gravura paleolítica da arte do Vale do Côa (Chãs/Vila Nova de Foz Côa):



Esta é a mais icónica gravura neolítica da arte do Vale do Tejo (Nisa/Portalegre):




Esta é a mais icónica gravura do grupo português da arte do NW Peninsular (Bouça do Colado, Ponte da Barca, na Serra Amarela - Calcolítico/Antiga Idade do Bronze):



Três exemplos, não colhidos ao acaso e que em tempos estudei sem sufocos burocráticos, de algumas das preciosidades rupestres que se guardam em Portugal.
Mas entre a gravura "paleopolítica" do Vale do Côa (mal dos tempos), amplamente documentada e divulgada, e a mais escondida preciosidade de uma oferenda ritual neolítica de um veado morto do sítio de S.Simão, no Vale do Tejo (e por acaso fora da influência das águas da barragem do Fratel!, sendo portanto visitável) e o ainda quase desconhecido (embora publicado há 30 anos) e extraordinário painel da Bouça do Colado, uma das preciosidades arqueológicas do Parque Nacional da Peneda-Gerês, quantos mundos paralelos prenhes de riqueza simbólica a convidar (ainda e sempre) à reflexão.
Reflexão que não se compadece com os extraordinários e acelerados tempos que vivemos. À beira de inaugurarmos o Museu do Côa que, pese embora as suas insuficiências, honrará os emblemáticos sítios do Vale do Côa. Onde tanto resta por fazer...
Portugal, um país rupestre!

Fotos e desenhos: © AMB

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