Simbolicamente, as comemorações do 12º aniversário do Parque Arqueológico do Vale do Côa iniciaram-se no dia 1 de Agosto em Cidadelhe, com a inauguração da "Grande Rota do Vale do Côa", um percurso pedestre com cerca de 27 quilómetros, que se alonga entre as aldeias de Castelo Melhor e Cidadelhe, seguindo sempre por trilhos antigos.
Testámos, com algum pessoal do PAVC, este longuíssimo trilho há umas semanas atrás e, ainda que num dia de intenso calor, posso garantir que é admirável o percurso.
A rota deste trilho foi organizada pela Associação Transumância e Natureza (olá Ana Berliner) em colaboração com o PAVC e a ideia é fornecer aos visitantes uma alternativa de baixa montanha, por entre paisagens humanizadas (são encantadores os vinhedos logo à saída de Castelo Melhor) e campos mais ou menos abandonados, com uma incursão à pré-história, de um percurso pedestre de todo um dia. Com passos por entre aldeias históricas (a destacar Almendra). A terminar (ou iniciar?) em Cidadelhe, uma das aldeias mais características do PAVC, desde logo por se localizar na mancha granítica do Parque, ter uma arquitectura ainda bem preservada e por ser daqui que se acede à Faia, talvez a mais monumental e esmagadora paisagem do Côa.
A noite deste primeiro dia terminou com uma muito participada sessão de astronomia, aproveitando os céus escuros de Cidadelhe. Elementos da Universidade de Aveiro, pelo segundo ano consecutivo, continuaram a ensinar-nos a ler as constelações, a distinguirmos os brilhos planetários e a espicaçar-nos a curiosidade para os segredos do Universo. De facto, nesta noite o céu de Cidadelhe tinha mesmo muitas estrelas.
Um elemento da Associação Transumância e Natureza explica a lógica da criação deste trilho de longo curso.
Inícios do percurso em Cidadelhe.
Um sobreiro que virou suíno, logo à saída de Cidadelhe.
O grande rasgo do Vale do Côa nos arredores de Cidadelhe.Fotos: © António Martinho Baptista
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