segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Excursão à Faia (Vale do Côa) - 06


Parte 6
Cerca de 2 quilómetros a montante do Braço da Leviada, atinge-se o ponto final da zona a visitar. Mais acima ainda, 800 metros para montante, mas já na margem direita, há ainda um auroque isolado gravado, que hoje não temos tempo de observar. Por aqui se queda o grupo em observação penitente à imponência do lugar e à análise da sua arte rupestre. 
O lugar foi criteriosamente seleccionado quer pelos artistas paleolíticos, quer pelos neolíticos que aqui sinalaram o mais profundo deste canyon do Côa. Na verdade, estas pinturas estão na zona mais estrangulada do vale, na base de extensíssimos paredões graníticos, em cujos cimos nidificam os abutres e sopram as tempestades.
 
Par antropomórfico da Rocha 5. O mesmo alongamento das figuras neolíticas, como no abrigo da Rocha 3.
Desenho: Centro Nacional de Arte Rupestre/PAVC/Fernando Barbosa/AMB

Observa-se e fotografa-se a Rocha 6




Rocha 6, a mais importante do sítio da Faia. Prótomos de Auroques gravados e pintados, como se saíssem do interior dos granitos, sobrepostos por antropomorfos esquemáticos neolíticos. Cerca de 15.000 anos separam estes dois horizontes artísticos, já que as imagens paleolíticas pertencem estilisticamente à fase arcaica da Arte do Côa.
(cont.)

Desenho: Centro Nacional de Arte Rupestre/PAVC/Fernando Barbosa/AMB
Fotos: Nikon D200/zoom AF-S Nikkor 18-200 mm © António Martinho Baptista

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